Aconteceu na manhã desta quinta-feira (1º/06), a 8ª edição das Jornadas Técnicas do Patrimônio Cultural que teve como tema a influência africana na arquitetura de terra. O evento teve transmissão on-line no canal do Iepha-MG no Youtube e contou com mais de 300 ouvintes e 120 participantes ativos no chat ao vivo que movimentaram o debate.

Luís Mundim, curador das Jornadas Técnicas fez a abertura e em seguida, a Presidente do Iepha-MG, Marília Palhares recepcionou os participantes e convidadas do dia. A temática teve como palestrante a Dra. Juliana Prestes, engenheira civil, mestre e doutora em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável com pesquisa em técnicas construtivas de terra e sua preservação no patrimônio histórico, já atuou no Iepha-MG, e é docente universitária na Unifil e UEL. Sob a mediação da Analista em Gestão, Proteção e Restauro do Iepha-MG, Dra. Daniele Gomes Ferreira, o bate-papo contou também com a participação da Ma. Elisa Zanon, arquiteta, mestra e doutoranda com trabalhos na área de patrimônio histórico, que pontuou a importância da arquitetura africana e seus reflexos na arquitetura brasileira.

As técnicas construtivas tradicionais têm sido objeto de estudo e ajudam a identificar diversas características que remetem à arquitetura africana e são encontradas em construções no Brasil, sendo que durante a palestra foi destacada essa relação em construções de moradia e em quilombos em Minas Gerais.

Relatos

Durante a transmissão muitos participantes manifestaram sobre a importância do tema, além de conhecerem nomenclaturas como “Adobe” que são técnicas construtivas feitas de terra crua para casas e edifícios do período colonial, como expôs um dos participantes, Ademir Oliveira. A ouvinte Clarice relatou que “a Igreja do Rosário em Lavras, é feita de adobe, com esse estudo da Dra Juliana, vamos ter mais história pra contar.”
Claudine Marques contou que “as construções que eram comuns na região do Gorutuba (Quilombo) ainda possui exemplares delas em Janaúba” Outro destaque importante foi a participação de ouvintes dos estados do Rio de Janeiro e Goiás, “aqui em Goiás, compartilhamos das mesmas técnicas em muitas localidades, sobretudo nas comunidades quilombolas da Chapada dos Veadeiros.” (Carlos Cipriano, ouvinte de GO)

“as construções que eram comuns na região do Gorutuba (Quilombo) ainda possui exemplares delas em Janaúba” (Claudine)

As Jornadas Técnicas têm sido importante espaço de troca e compartilhamento de informações com agentes e pesquisadores do patrimônio cultural como instrumento de educação para o patrimônio.

Se você perdeu a Live da 8a edição das Jornadas Técnicas, assista aqui.